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A História das Coisas – Sustentabilidade.

Uma crítica severa ao modelo de desenvolvimento ocidental, neste vídeo que já foi exibido mais de 1 milhão de vezes no YouTube. A duração é longa, para os padrões de todos nós que vivemos pulando de tela em tela na WEB. Mas garanto: se você ainda não assitiu ao mesmo, não vai se arrepender do alerta sobre questões do nosso maior interesse. Talvez você perceba coisas sobre as quais nunca tinha pensado, pois nem tudo é óbvio. Se já conhece, considere uma nova leitura do mesmo.

Duração: 21:17min

Assista ao vídeo:

Após assistir ao vídeo, não há como negar que entramos numa roda viva de consumo. O problema é que não sabemos como sair.

Estamos tão dependentes do modelo atual que fica difícil imaginar as consequências de uma mudança brusca no mesmo: como alimentar bilhões de pessoas, se hoje dependemos tanto da tecnologia e da produção industrializada?

Tarefa árdua, certamente dependente do desenvolvimento de uma consciência coletiva global, que para se difundir vai requerer o auxílio dos professores do ensino fundamental, bem como dos educadores e formadores de opinião em geral. Talvez leve gerações…

Mas será que temos este tempo todo?

Deixo ao leitor as reflexões!

Marina vai ao Acre para votar

Foto: Thays Cabette, Marina vai ao Acre para votar (do site: http://www.minhamarina.org.br)

Marina Silva, a candidata à Presidência da República que em 2010 levou as eleições para o segundo turno, com mais de 20 milhões de votos, como sempre arrasa!

Em seu artigo, destaca a importância estratégica do meio ambiente: está no núcleo das decisões onde aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais são indissociáveis. É necessário pensar em todos esses termos enquanto modelo de desenvolvimento.

Diante da gravíssima crise do aquecimento global, Marina ressalta na importância de buscar o que há em comum entre diferentes correntes de interesses. E a nossa própria sobrevivência e a do nosso planeta são aquilo que melhor representam esta identidade.

Países, instituições, empresas e indivíduos dependem agora da capacidade de adaptação e da revisão de conceitos. Agora só há lugar para economias sustentáveis e tecnologias limpas. Imagino que ela se refere a um Darwinismo econômico: só sobreviverão as espécies mais adaptadas ao novo ambiente.

A população está atenta e mais exigente, quer saber se um produto causa danos ao meio ambiente. “E exige ética do mercado e do poder político”: pressiona para mudar a lógica do modelo de desenvolvimento destrutivo. “Preservar o meio ambiente não é mero romantismo”.

E as empresas já sabem que sem sustentabilidade, o lucro não será o mesmo. É necessário adotar um novo código de inserção social e ambiental (observei que marina sempre respeitou a ordem de citação “social” em primeiro lugar, não esquecendo a importância da dimensão humana do problema).

Marina ressalta o maior obstáculo às mudanças estruturais requeridas: a resistência do poder político ao desejo popular. Priorizam o crescimento rápido e fácil aos compromissos assumidos (se é que muitos dos políticos assumem verdadeiramente algum compromisso com o bem comum, penso eu). Mas os políticos mantêm a retórica em favor da preservação da natureza.

Cita o retrocesso no Congresso Nacional, no tocante ao Código Florestal Brasileiro: o suposto confronto entre meio ambiente e produção agropecuária.

E conclama a população a cobrar dos políticos uma revisão de seus conceitos, para que não tragam retrocesso à legislação ambiental.

rio de sangue.ai

Por coincidência, assisti um documentário sobre Tim Butcher, autor do livro “Rio de Sangue” (Blood River), em que a dimensão humana é confrontada com a dimensão ambiental. Aborda a desastrosa colonização do Congo pela Bélgica, entre os séculos XIX e XX. A ganância pelo marfim, borracha, minérios e outras riquezas da África levaram a uma devastação ambiental assombrosa. Mas uma entrevistada chama atenção para algo que poderia passar despercebido: enquanto muitas horas de documentários foram dedicadas à destruição do habitat e eliminação dos gorilas daquele país, muito pouco se divulgou do genocídio e sofrimentos daquele povo que, ainda hoje, é afligido pelos gravíssimos efeitos da devastação ambiental imposta pela cobiça da civilização ocidental.

Mas a importância da dimensão social não passou despercebida no artigo de Marina Silva, enquanto elemento essencial do processo decisório relativo à gestão da sustentabilidade.

Leia a íntegra do artigo de Marina Silva: Uma evolução silenciosa, Revista Veja, edição especial sustentabilidade, dez/2010