Posts com Tag ‘Deslocamento’

A insustentável lerdeza do trânsito metropolitano de Recife e capitais: perdemos bens preciosos como tempo em família, lazer, exercícios e saúde, em troca do uso diário do automóvel, trânsito caótico, atropelamentos e acidentes envolvendo caminhões, ônibus, carros, motocicletas, bicicletas e pedestres, além de poluição, stress e doenças do coração…

Publicado: 08/05/2011 em Cidadania, Meio Ambiente, Saúde, Sustentabilidade
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É mole ou quer mais?

Muita gente pensa que abdicar do (suposto) conforto do automóvel e encantos do consumo é o mesmo que voltar à barbárie. Será?

Mas o que caracteriza a barbárie?

– Seriam os milhares de pedestres e ciclistas atropelados, mortos ou lesados por carros e motos que, sendo maiores e mais fortes, se consideram os donos das ruas?
– Seriam as mortes e lesões corporais em milhares de motociclistas, atropelados por motoristas ensandecidos?
– Seriam as agressões recíprocas entre condutores estressados, que perderam o bom senso, a cortesia, a solidariedade e os traços de conduta que caracterizam os povos civilizados, partindo para a competição destruidora e agressões verbais e físicas, por vezes cometendo homicídios?
– Seria o barulho ensurdecedor de buzinas acionadas por motoristas, que não suportam mais ficarem presos no interior dos seus carros, em cruzamentos trancados por veículos que tentam atravessar ao mesmo tempo as vias, em todos os sentidos?
– Seriam os assaltos, por vezes latrocínios, ocorridos em arrastões que ocorrem quando o trânsito está parado?
– Seriam as toneladas diárias de emissão de carbono que saem dos escapamentos de motos, carros, ônibus e caminhões, provocando o aquecimento global, que provoca chuvas, enchentes, enxurradas e furacões, tirando vidas e deixando as vidas restantes um inferno?

O próprio direito de ir e vir, ou a liberdade de escolha de como podemos nos deslocar nas cidades, estão seriamente lesados:

a) Não podemos nos deslocar de ônibus, sem perder um tempo enorme dos nossos dias, pois nossos transportes coletivos estão longe de atenderem às necessidades da população. Sem falar nos riscos constantes de assaltos em certas linhas e horários;
b) Não podemos nos deslocar de moto, sem participar das estatísticas de lesões corporais ou de mortalidade, com ou sem seqüelas, dada a prepotência, arrogância e insanidade de inúmeros condutores de automóveis, ônibus e caminhões;
c) Não podemos nos deslocar de bicicleta, pelos mesmos motivos que afetam os motoqueiros, sendo que também os motoqueiros atropelam bicicletas;
d) Não podemos nos deslocar caminhando, sem correr um alto risco de atropelamento, por qualquer que seja o tipo de veículo, além do perigo de assaltos.

Pois bem: não estamos falando de um risco inerente à vida normal, ao qual todos estamos sujeitos no dia-a-dia. Nossos riscos, no Brasil de hoje, são muito maiores do que os riscos equivalentes em países verdadeiramente civilizados. Basta pesquisar na web nossas taxas de morbidade e mortalidade por causas externas.

Quantas vidas, quanto conforto, quanto bem-estar, quanta saúde, quantos bilhões ou trilhões de reais estamos perdendo com toda essa situação? Será que ninguém percebe que, isso sim, é barbárie?

Francamente, a vida que hoje vejo em Recife, que não deve ser diferente do Rio e São Paulo (cidades onde já morei), nem de outras grandes capitais do Brasil, quem sabe do mundo afora, não é civilização, mais parece barbárie. E muitas vezes não adianta se mudar: há cerca de 10 a 15 anos muitos moradores da Região Sudeste se dirigiram para as águas mornas do litoral nordestino, com ânimo de fixar residência, para fugir do caos urbano. Dependendo da cidade para onde foram, estão revivendo hoje as suas vidas antigas, ou não estão longe de revivê-las.

Com doses diárias e pequenas, fomos nos acostumando com isso: já cheguei a gastar 7 minutos de casa para o trabalho, de carro, em meses de férias escolares, percorrendo um trecho de 3,5 quilômetros. Em média, gastava 10 a 15 minutos, normalmente. Depois, as coisas começaram a mudar: 20 minutos em média, pois cada vez existem mais semáforos e mais veículos. Não tardou, o tempo mais comum passou a ser de 25 ou 30 minutos. Hoje, não raro, gasto 40, 50 ou 60 minutos para fazer o mesmo percurso, de carro. Isso é conforto e comodidade? Na verdade, virou insanidade.

Precisamos fazer algo e não simplesmente esperar que as nossas autoridades “iluminadas” tomem medidas para debelar as causas dos problemas e não apenas os seus efeitos.

O que podemos fazer?

Eu, você e nós:

1) Para quem tem capacidade física suficiente e mora não muito longe do trabalho ou da escola, que tal ir a pé? Gasto 35 minutos para percorrer 3,5 quilômetros até o trabalho, caminhando normalmente. Dependendo do dia, chego mais rápido do que de carro. Chego suado, é verdade, mas estamos nos trópicos. Nada que um kit jeans, camisa pólo, tênis, meias confortáveis e toalha não resolvam. Nos tempos de chuva, precisamos de um pouco mais: sapatos ou botas adequados, guarda-chuvas, capas ou jaquetas impermeáveis;
2) Que tal caminhar até a escola, sempre que possível, ou avaliar a viabilidade de usar transporte escolar para os nossos filhos?
3) Experimentar o transporte solidário: não raro, abrindo mão de um pouco de comodidade, podemos conciliar horários e trajetos de veículo com familiares, amigos e colegas de trabalho;
4) Exigir o direito de compartilhar o prejuízo do tempo perdido no trânsito com os empregadores. O problema é de todos e todos são responsáveis pelas soluções. Além disso, boa parte deste problema é causado pela omissão do Poder Público. Não é justo que o ônus recaia inteiramente sobre o trabalhador que, para chegar pontualmente ao trabalho, precisa sair cada vez mais cedo de casa. E, ainda, chega cada vez mais tarde em casa, privando-se e aos familiares do tempo para suas necessidades diárias, incluindo convívio familiar, lazer e repouso (É um tema que merece discussão ampliada);

Os empregadores:

1) Disponibilizar bicicletário para os seus trabalhadores;
2) Disponibilizar locais para banho e guarda-volumes, além de bicicletários, para viabilizar o hábito de deslocamento a pé ou de bicicleta;
3) Promover políticas de dias de trabalho em casa, sempre que isso for viável ao tipo de atividade. Estar presente no trabalho nem sempre implica em trabalho, produção e resultado;
4) Reduzir e flexibilizar a jornada de trabalho, inclusive em horários corridos, aumentando as opções de escolha de horários de trabalho, o que permite uma melhor distribuição das pessoas em deslocamento, no decorrer do dia.

Os eleitores:

1) Votar em representantes políticos comprometidos com soluções sustentáveis e responsáveis com o bem-estar, saúde das pessoas e preservação do meio ambiente;
2) Não votar em políticos que já tiveram a sua chance e nada fizeram para resolver esses problemas. Ao contrário, se autopromoveram e se locupletaram a partir da função pública;
3) Participar ativamente da vida política. Quando dizemos que não gostamos de política e nos omitimos, delegamos aos incompetentes e aproveitadores as decisões que mudam para pior as nossas vidas: dá no que estamos vendo aí!

4) Não havendo outra solução, por que não iniciarmos ações populares, conforme previsto em nossa Constituição Federal?

O Poder Público:

Deixar de fingir que o problema não é dele e adotar todas as medidas já conhecidas para mitigar e/ou solucionar os problemas direta e indiretamente ligados ao trânsito, como todos aqueles citados no início do texto. Não podem ser apenas medidas pontuais. São problemas que requerem soluções holísticas e efetivas. Exigem visão de longo prazo, bons diagnósticos, ótimo planejamento,  e trabalho cooperativo e coordenado. Exigem a participação de diversas pessoas, autoridades, entidades e esferas governamentais: Ministério Público, Poder Judiciário, Poder Legislativo e Poder Executivo, incluindo secretarias ou ministérios, órgãos de trânsito, planejamento, administração, obras e infra-estrutura, meio ambiente, saúde, ação social, educação e comunicação, bem como do Terceiro Setor, Escolas Públicas e Privadas, Sindicatos, dentre outras, além de trabalho árduo e incessante de todos. Sem esquecer do exercício da cidadania.

Não podemos deixar de enfatizar a necessidade de priorizar os transportes coletivos, disponibilizar vias exclusivas para esses, proporcionar mais ciclovias e muito mais segurança para ciclistas e pedestres, além de cobrar mais pela circulação do automóvel usado individualmente em dias e horários de grande fluxo, bem como promover mais medidas educativas e corretivas para reduzir a violência no trânsito.

Tudo isso tende a diminuir o número de veículos em circulação, reduz a perda de tempo em congestionamentos, minimiza o stress, contribui para melhorar a saúde coletiva e é bom para o meio ambiente.

Não pretendo ignorar outros direitos e necessidades, nem prever todas as soluções possíveis, tampouco suas eficácias. Portanto, conto com a sua colaboração cidadã, para aumentar e melhorar esta lista e discussão.

Mas temos uma outra alternativa: fingir que o problema também não é nosso e esperar para ver como estaremos vivendo daqui a 5, 10 ou 15 anos. Para depois fazermos o balanço entre perdas e ganhos. É pagar para ver.

E aí, você topa ou não topa se engajar neste movimento?

Veja mais sobre o tema em:

Caminhar na ida e volta do trabalho
Trânsito sem Controle – JC Especial

Os presentes escritos foram motivados por um pedido de idéias feito pelo fotógrafo @Ivan_Alecrim de Recife/PE, por meio do Twitter, em 03/12/09. Tratam do tema “deslocamento”, relativo às artes.

Num tweet Ivan dizia: “Tenho como tarefa de casa fazer uma foto sobre deslocamento. Devo incorporar Duchamp. alguém pode me ajudar?” Pensei em brincar, perguntando se ele queria incorporar o espírito de Duchamp e então fazer uma fotografia. Mas me contive.

Resolvi aproveitar para participar da tarefa do colega. Me pus a pesquisar na web. Detalhe, não sei nada sobre o assunto. Sequer sou artista, embora tenha feito cursos de pintura no SENAC e alguns cursos de fotografia, a qual pratico há anos.  Além de gostar de ler livros sobre pintura, especialmente para apreciar o legado dos grandes mestres. Portanto, o que escrevo é sem qualquer pretensão, que não aquela de ajudar alguém e, de carona, aproveitar a motivação para conhecer um pouco mais sobre as artes.

Nesses tempos de internet, qualquer neófito encontra muita coisa sobre qualquer assunto, e é capaz de aprender algo sobre ele. Encontrei alguns links:

Wikipedia – Marcel Duchamp

Wikipedia Ready-made

Itaucultural.org.br – Banco de mídias

Jblog Idéias

Sibila Relendo Duchamp e outrostransgressores

Bravonline Artes plásticas

Agentecuida – Sophie Calle e a exposicao Cuide de você

Pelo que li, concluo que a idéia de deslocamento, em arte, está ligada a crítica, inconformismo, transgressão, rebeldia, polêmica, ruptura, clássico vs. popular, cultura e contracultura, aclamação vs. desprezo, ideologia e anarquismo. Ou, “anartismo”. Também tem a ver com histórias como “A roupa nova do rei” ou, ainda, com resistência e libertação.


De uma das referências citadas, transcrevo partes de uma entrevista com Affonso Romano de Sant’Anna, poeta e autor de O enigma vazio (Rocco):

“(…) Thierry de Duve disse que a arte contemporânea fez o estatuto da arte migrar do “isto é belo” para o “isto é arte. Podemos (ir) além e diz(er) que esse estatuto mudou para “isto é…? …?”, no sentido em que a arte deixou de ser uma atribuição de algo contido nela mesma (a beleza) e passou a ser um enigma (…)”.

O poeta é crítico e afirma que “(…) Muito do que se produz por aí é um simples “isto”, está no espaço da “in-significância” (…)” e diz que não compara da Vinci a Duchamp. Para ele, “existe arte de vários niveis: sofisticada, média, medíocre” mas, completa dizendo que “nem toda obra de arte é universal”. Ou seja, algumas obras podem dizer muito a uns e nada para outros. Questão de gosto? Em muitos casos, para entender, não basta ler. Para apreciar, não basta olhar. Tem que ter bagagem, segundo a leitura que fiz.

Lembrei então de uma aula que tive com Ivan Alecrim, no Segundo semestre de 2009, na qual ele nos mostrou uma foto sua que concorria a um prêmio nacional de fotojornalismo. Era sobre o racionamento de água em Caruaru/PE, salvo engano. Apesar de bonita, não entendi quais atributos a tornavam especial para um concurso nacional de fotografia. Para meus olhos leigos, não havia como enxergar que aquela seria, de fato, a fotografia premiada pela Consigo naquele concurso de 2009. É possível que eu escolhesse uma macrofotografia de uma flor. Era arte e eu não sabia exatamente o motivo. Paciência, eu chego lá. Porém, eu tenho um consolo, pois não estou só neste mundo: a irmã de Duchamp, encarregada de cuidar do seu ateliê em Paris, jogou fora algumas de suas mais importantes criações, pois achava que eram objetos velhos e sem utilidade.

A modernocontemporainedade, no entanto, estabeleceu que qualquer coisa que não se entende e que nos choca é genialAffonso Romano de Sant’Anna

O poeta continua: “(…) E quanto à arte conceitual, vamos devagar. Já vi algumas excelentes. Mas pelo simples fato de serem conceituais não são boas, o critico deve ter aparelhos teóricos para analisar os conceitos”. E critica Duchamp: “(…) depois dele a vanguarda deixou de ser outsider e passou a ser establishment. (…) Endeusando Duchamp, as pessoas o estão colocando na categoria do “sublime”, quando era tecnicamente um “cínico”. Se dizia “anartista”, mas vendia quadros de pintores e no fim da vida aceitou entrar para a Academia de Artes dos Estados Unidos. É como se um ateu que tivesse a vida inteira negado a vida eterna, no fim vai para o beatitude dos santos, dizendo, “desculpem se infernizei a vida de vocês, estou indo para os céus”.

Affonso Sant’Anna apresenta então uma idéia sobre o deslocamento: a história da arte inclui períodos de desvios em relação à norma. “Mas há uns 100 anos, ao invés de desvio, houve algo que lingüisticamente se chama “deslocamento”, uma substituição total do sistema por coisa nenhuma. Qualquer coisa, qualquer “insignificância” passou a querer ser arte. Imagine se o ministro das finanças decretasse que não existe mais o “padrão ouro” ou “padrão dólar”, que qualquer pedra é ouro. (…)”

Vem da Wikipedia o texto a seguir:

“O ready made nomeia a principal estratégia de fazer artístico do artista Marcel Duchamp. Essa estratégia refere-se ao uso de objetos industrializados no âmbito da arte, desprezando noções comuns à arte histórica como estilo ou manufatura do objeto de arte, e referindo sua produção primariamente à idéia. Se se considera que a característica essencial do Dadaísmo é a atitude antiarte, Duchamp será o dadaísta por excelência. (…) O ready-made é uma manifestação ainda mais radical da intenção de Marcel Duchamp de romper com a artesania da operação artística, uma vez que se trata de apropriar-se de algo que já está feito: escolhe produtos industriais, realizados com finalidade prática e não artística (urinol de louça, pá, roda de bicicleta), e os eleva à categoria de obra de arte.”

O texto da Wikipedia explica:

“É o caso de “Fonte”, de 1917. Apresentada no Salão da Sociedade Novaiorquina de artistas independentes, constitui-se a partir de um urinol invertido. A operação que o caracteriza é o deslocamento de uma situação não artística para o contexto de arte. Tal operação é marcada por sua apresentação como escultura e assinatura. À inversão física do objeto corresponde a inversão de seu sentido, que se espelha no corpo do espectador. Do mesmo modo, “Porta-garrafas”(1914, readymade) e “Roda de bicicleta” (1913, readymade assistido) tiram partido de um deslocamento e manipulação do objeto para tornar o sentido de sua aparição crítico. (…) Como em outros casos, está implícito o típico propósito dadaísta de chocar o espectador (o artista, o crítico, o amador de arte), choque que caracteriza a atitude das vanguardas (que necessitam desse choque para reformular o conceito de arte) e persiste frequentemente na arte contemporânea. (…) o readymade nos faz ver que o objeto deixa de ser arte no momento em que deixa de propor, para si mesmo, novas interpretações – no momento em que deixa de fazer um novo sentido.”

Num dos textos referenciados, de autoria de Daniela Bousso, deslocamento é tratado no contexto de evolução da própria história da visualidade. Deslocamento da arte das cavernas para os afrescos, para a pintura de cavaletes, depois para o readymade, modificando a utilização da linguagem nas artes visuais. Veio o video, a holografia e a infografia da cena artística. E quantas novas mídias virão?

Daniela Bousso diz que deslocamento revela um desejo de realocação, a necessidade de estabelecer novas categorias e remapear espaços não imaginados. Em seu texto, apresenta três blocos de expressão que constituem objeto da mostra em questão: Estranhamento, a Superfície e Imagem/Tempo. Uma pesquisa sobre os artistas citados na mostra certamente poderá ajudar a compreender e ilustrar a temática deslocamento.

Em fotografia, creio que o tema se aplica ao que está acontecendo da fotografia analógica para digital, do darkroom para lightroom.

Certamente há muito o que falar e aprender sobre o tema. Mas nosso objetivo é muito mais modesto. Apenas encontrar sugestões e caminhos para o trabalho de fotografia do nosso colega Ivan. Acrescentaria apenas um breve comentário sobre a exposição CUIDE de VOCÊ, de Sophie Calle, a artista francesa (“Personalidade polêmica, que está mudando o panorama da arte”), que acredito ajustar-se ao conceito de deslocamento. Visitei a mesma em Salvador/BA, agora em novembro. São fotos e cartas de diversas mulheres interpretando, cada uma ao seu modo, um e-mail do ex-namorado da artista dando o fora.

E para concluir, retomo a entrevista com Affonso Sant’Anna, parcialmente transcrita anteriormente. Ela terminou com a perguta:

O que faz com que um objeto seja considerado uma obra de arte?

E o crítico poeta responde:

Isto não é uma pergunta, é uma armadilha.

Vale uma lida do artigo.

Pois é meu caro Ivan, fui seu aluno. E continuo aprendendo por sua causa. Espero ter ajudado, de alguma forma. E, a menos que eu não tenha entendido bulufas sobre “deslocamento”, recomendo: põe-te a clicar, começa já a polemizar, mostra que a fotografia que farás também é arte. Agora é com você: ousarás responder o que é arte?